Sagas de Niun

Eu estava de férias, finalmente, sem o estresse dos professores chatos passando páginas de lição de casa, sem colegas idiotas para ficar discutindo, apenas eu e aquela linda paisagem branca.

Eu adorava o inverno, era minha estação favorita do ano, mas eu sentia que, de alguma forma, eu não ia ficar muito tempo lá... Besteira, eu estou aqui sozinho, meus pais não vieram junto na viagem, por que eu teria que me preocupar em ir embora?

Comecei a caminhar pelas geleiras e fiquei observando aquela linda paisagem cristalizada, foi quando vi algo brilhando, estava enterrado na neve, peguei o objeto, parecia um tipo de celular ou I-pod, mas ele não ligava, era azul claro, era muito bonito, então, de repente, eu me vi caindo, faixas coloridas passavam por mim, pareciam ser feitas de números, então, acordei.

Ao acordar, o garoto não estava mais em uma paisagem cristalizada, era uma floresta, mas mesmo assim estava com um pouco de gelo. Ele via grande árvores verdes, ele viu o aparelho azul claro e pegou-o, ele apertou em um botão e ele ligou amostrando os números 0 e 1.
- Bem-vindo. Pode me chamar de Xros Loader, serei um pequeno guia. Alguma pergunta? - O Digivice tinha uma voz masculina bem grossa, ele apitava duas vezes e um ovo saiu de lá, indo ao colo do garoto que caiu no chão.

- O que é esse ovo, e, que lugar é esse? E como você estava preso na neve? Me diga, por favor!

As coisas estavam cada vez mais estranhas, como um ovo conseguiu sair daquele Xros Loader, seja lá o que fosse.

- Isso é um Digitama, ele vai nascer um amigo para te ajudar na sua aventura.

Hm, esse Xros Loader não me parece muito perigoso, tudo bem, eu não sei o que mais pode sair dele, mas, pro enquanto ele me será de grande ajuda.

- Afinal, aonde é que eu estou?

- Está no Digimundo. Lar de seres digitais. - Logo ele fica com uma interferência desliga.

Que ótimo, Digimundo? Fala sério, como assim "lar dos seres digitais", só pode ser brincadeira.

Eu decidi que, como não podia voltar, eu teria que andar, então tomei coragem e fui explorar aquela floresta.

A floresta estava bem escura estava de noite e tinha três luas no céu. Ele sabia que não estava na Terra. Ele viu umas frutas e comeu algumas, não guardou, pois só tinha duas e ele já havia comido. Ele caiu no sono então.

Acordo pela manhã com a luz fraca do sol entre as árvores da floresta. O ovo ainda estava do meu lado, não parecia que fosse rachar logo, aquele aparelho que se autointitulava Xros Loader, estava comigo no meu bolso. Levantei e comecei a procurar por comida e um abrigo.

Ele não achou nada que gostaria que achasse, então ele pegou o seu Xross Loader e apertou os botões tentando ligar, mesmo assim ainda estava com interferência ou não estava querendo ligar.
Após alguns passos ele viu uma caverna e do lado de fora dela com algumas bananeiras, cerejeiras e coqueiros.

Isso é ótimo, encontrei o que queria, mesmo que fosse depois de algum tempo, então, comecei a bolar uma maneira de pegar algumas dessas frutas.

As cerejas eram mais fáceis, mas as bananas e os cocos seriam mais difíceis de pegar...

Niun pegou um pouco e logo viu um Digimon dentro da caverna, ele estava dormindo e logo o Xros Loader ligou e apitou duas vezes.

Digidex escreveu:

Bearmon, um Digimon urso ativo, ele sempre é muito ativo e adora esportes, quando dorme, melhor não incomodar. Dorme em cavernas escuras com comida ao lado de fora.

"Bem, acho que não terá problema se eu comer um pouco aqui, não vou atrapalhar..."

Entrei e comecei a comer silenciosamente...

O seu ouvido era tão alto, havia sentido, ouvido e cheirado o tamer, então Bearmon levantou lentamente.
- Ah... - Ele bocejou. - Quem é você?! O que faz aqui?!

- E... Eu sou Salles, eu estou perdido, eu acho, não tinha um lugar pra ficar, então pensei em comer alguma coisa aqui, não quis incomodar...

A reação demorou um pouco.

- Espera ai, você fala!?

Definitivamente eu não estava na Terra, seja lá onde ou o que fosse o Digimundo, não era nem próximo da Terra.

- Hm... Pode sentar e comer um pouco de minhas frutas. Claro que eu falo? Queria que eu assoviasse? - Bearmon levantou e começou a brilhar muito.
O Xros Loader ligou novamente e apitou três vezes.

Digidex escreveu:

Um Digimon tipo Besta selvagem com o espírito de um lutador profissional, cujo corpo grande é ideal para matar a presa com suas garras e dentes, mas cuja mente é justo positivo.

Então ele foi até as bananas e os cocos e pegou alguns e voltou.
- Tome. Hidrate-se um pouco com a água do coco.

- Muito obrigado.

Apesar de ainda ser um pouco intimidador, o Digimon, acho que esse é o nome, era muito legal e atencioso.

- Esse lugar, o Digimundo, existem outros como eu aqui?

Peguei uma banana e descasque-a, começando a comer, era deliciosa, muito melhor do que as da Terra.

- Até hoje, só vi um... Meu antigo domador... - O tom de sua voz estava mais baixo e tristonho.
A banana estava muito mais deliciosa, já que era plantada e colida bem mais cedo.

Domador, mais uma palavra noda desse mundo...

- Ah, entendo, quando esse Digitama chocar, vai ser um de você, não é?

Aquilo era muito embaraçoso, como poderia ter só mais um humano nesse lugar, era quase impossível, e, eu não queria me aprofundar em uma conversa que não fosse agradável ao Digimon, ele havia sido muito simpático comigo, não queria estragar tudo...

- Não, pode ser outro tipo. Pelo formato, parece... Um... Não faço ideia, nunca vi esse Digimon.
Outro Digimon da mesma raça que Grizzlymon, mas estava com uma flor na cabeça, ela voltava e logo perguntava.
- Quem é esse rapaz? Onde está o nosso ovinho? - Ela parecia a fêmea ali, logo perguntava do ovo.
Ele tirava o ovo de um buraco quente e dava para ela e dizia "Tome ele.".

Ele parecia ter uma família, aquilo era lindo...

- Então, basta esperar que ele choque e então saberemos o que é, pelo menos, meu Xros Loader sempre me dá informações dos Digimon que eu vejo. Perdão - Disse à Digimon fêmea -, meu nome é Salles, eu estava sem nada pra fazer quando acordei e acabei encontrando essa caverna, o resto é história.

- Tudo bem. Salles, pode ficar quanto quiser. - A fêmea estava feliz, sentou no Digitama e esperava ele chocar.
O garoto parecia feliz, ele saiu da caverna e olhou para o céu, dava para ver o mundo real.

Aquilo era a Terra, mas, não podia ser, o único lugar que eu conhecia que dava pra ver a Terra era a Lua, mas, se eu estivesse lá, eu provavelmente estaria em uma encrenca agora...

- Ei, Grizzlymon, que lugar é aquele lá no céu? Parece minha casa, mas, não pode ser...

- Sim é sua casa, a rede Digital cria essa barreira. Ta vendo aqueles pilares de luz? Então. Aquilo é onde você se teletransporta para outros locais da Terra.

- Então, eu posso viajar daqui pra qualquer lugar da Terra por esses pilares?

Sem eu perceber, eu comecei a andar até que bati em uma árvore, me acordando do incrível sonho que estava tendo acordado.

- Eu to bem, eu to bem, não se preocupem!

Alertei em um tom engraçado.

- Não. Com esses pilares você pode ir para qualquer lugar do Digimundo, mas você não escolhe o local, você pode ser pego por esses pilares de surpresa, tipo eu e minha família chegamos aqui por meio daqueles pilares e nem queríamos estar aqui.

- Isso é muito confuso... Se vocês não querem estar aqui, porque vocês não vêm comigo, talvez nós encontremos um desses pilares por ai!

A ideia me animava, parecia legal ter companhia.

- Até que gostaríamos, mas não sabemos onde podemos parar, podemos parar no meio de um oceano ou até dentro de um vulcão em erupção. Não podemos ariscar, temos um filho para cuidar. - A mãe parecia preocupada.

- Nesse caso, também seria perigoso para mim, eu tenho um Digitama também...

Também estava preocupado com meu ovo, o que poderia acontecer...?

O ovo estava com uma rachadura grande, na verdade, os dois Digitamas.
- Eles vão chocar! - Gritou o pai.

Isso era incrível, eu veria dois Digitamas chocando ao mesmo tempo, fique animado novamente.

O Digitama de Salles chocou primeiro e logo em seguida o de Gryzzlymon. O Digivice apitou 4 vezes daquela vez.

Digidex escreveu:

Poyomon, um Digimon nível do bebê que flutua no Oceano líquido como uma água-viva com o seu corpo translúcido.

Uma espécie recém-nascidos de Digimon. Seu corpo em forma de gel vermelho é mole e três tentáculos como as coisas estão crescendo em sua cabeça.

- Poyomon e Punimon, que gracinha, haha.

- Poyo... Mon?

- Sim, esse é seu nome, eu sou Salles, seu Domador, eles são nossos amigos.

Poyomon girou no ar e ficou brincando a tarde inteira com Punimon, eles pulavam por ai e Poyomon levava Punimon em cima dele voando.
Salles olhava-os de vez em quando, pois os pais dele foram buscar água e pegar o bando, mas Salles sempre olhava para a Terra.
Um pilar de luz se aproximava sem Salles perceber e a caverna foi pega pelo pilar. Salles, Poyomon e Punimon eram levados para outro lugar, parecia uma espécie de pântano.

"Não, não, não, definitivamente não! Eu me teletransportei da caverna pra cá..."

Não tinha reparado, mas Poyomon e Punimon estavam comigo, meu desespero só aumentou quando eu os vi.

- Ah não, o que eu vou fazer, estamos perdidos nesse pântano, e, ainda por cima, eu não faço a menor ideia do que vai acontecer comigo quando - se, acrescentei baixo o bastante para que os bebês não ouvissem - voltarmos!

Poyomon e Punimon foram até ele, tentando anima-ló, mas não tiveram sucesso, afinal ele estaria ferrado se Gryzzlymon não achasse seu filho na caverna. Um Digimon gosma estava andando por ali e viu eles, corria atrás dos bebês como alimento.

Digidex escreveu:

Raremon, um Digimon morto-vivo cujo corpo músculos estão podres e propenso a cair. Embora o seu corpo é instável, ele tentou prolongar sua vida útil por mecanizar seu corpo.

- Poyomon e Punimon, fiquem atrás de mim!

Por sorte eu ainda tinha algumas frutas comigo, então, joguei perto de Raremon, na tentativa de atrasá-lo.

- Venham comigo!

Peguei os dois Digimon bebês e comecei a correr pelo pântano, o terreno não me ajudava em nada, mas eu não ai parar...

Ele corria muito, mas Raremon comeu rapidamente as frutas e começou a correr, o lodo e lama impediam o garoto de correr muito e ele foi pedo por um pedra e deu de cara na lama, onde abriu uma passagem de baixo do lago, onde levou-o para uma sala, essa sala estava com a água do pântano e logo dois tubos se abriram e a água saiu, ele estava em uma sala completamente isolada.

Aquilo ficava cada vez mais confuso...

- Que lugar é esse...? - Perguntei à mim mesmo.

Comecei a explorar a sala.

Punimon e Poyomon seguiam ele, mas a sala era média, então não tinha nada para fazer, da parede, outro buraco saiu. Daquele saia uma garra robótica que era bastante resiste que segurava os dois Digimon, era adequada para babys, qualquer nova evolução quebraria aquilo com facilidade pelo tamanho.

"Ah não, de novo não!"

Corri para tentar trazer os Digimon de volta para mim, mas aquela garra era muito forte... Então, tive uma ideia

- Xros Loader! - Eu dizia apertando os botões - O que eu faço, me ajude, você disse que era meu guia, mas a única coisa que fez foi apitar quando um Digimon novo aparecia!

- Não posso fazer nada, é uma barra de ferro! - Ele apitou duas vezes.

Digidex escreveu:

Tokomon, um pequeno Digimon cujo corpo cresceu mãos e pés por baixo.

Tsunomon, um pequeno Digimon cujo os três chifres de Punimon se tornaram um só. Ele só ataca se for atacado.

Então os dois Digimon cresciam e a garra havia sido quebrada.

- Tokomon e Tsunomon? Que bom, vocês Digivolveram!

Agora eu havia ficado mais feliz.

- Venham, vamos tentar sair daqui e voltar para seus pais, Tsunomon.

Eles subiram nos meus braços e começamos a procurar um jeito de sair daquele pântano.

Eles estavam trancados naquela sala, apertada, o oxigênio estava indo embora a cada segundo. Tokomon foi o primeiro a ficar com falta de ar, logo depois foi Tsunomon e por sua vez, Salles, que estavam respirando muito mal, os três desmaiavam e um gás branco foi colocado na sala, o gás do sono.
Eles acordavam e os três estavam presos em uma cama que estava inclinada na diagonal, Tsunomon estava sendo chicoteado e Tokomon estava levanto socos e chutes.

- O que é isso, parem com isso agora!

Eu tentava me libertar, mas era inútil.

- Xros, alguma dica?

O Xros Loader não estava com ele, estava em uma mesa com um vidro que só séria aberto com uma senha, uma sombra grande surgiu na porta, era... Raremon!

Nem havia notado o que tinha acontecido com Xros.

- Me solte, me solte agora Raremon!

- Pensa que é tão fácil assim? - Ele soltou os dois Digimon, mas eles estavam com um colar preto que hipnotizava-os.
Os Digimon começaram a ir em direção a Raremon, que abriu a boca para eles entraram e Raremon comer-lós.

- Tokomon, Tsunomon! Acordem!

O desespero tomava conta de mim agora...

Os dois não ouviam, viravam e usavam Bubble Blow no próprio amigo, continuavam a ir a língua do Raremon, até ouvirem o barulho do portão principal quebrar.
- Parem com isso! - Era a família Grizzlymon! - Pummel Whack!
Todos os 30 Grizzlymon atacavam Raremon que ficava indefeso e caia no chão, uma luz saia de Raremon e ele virava um Digitama, Tokomon e Tsunmon saíram do transe então os colares quebraram, a mamãe Grizzlymon quebrava a corrente que estava em Salles.
- Está bem querido? - Ela perguntava.